MP-MG questiona acordo entre Defensoria Pública e Vale sobre indenizações de Brumadinho

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2019 07h06 - Atualizado em 10/04/2019 10h24
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EFE As instituições criticam a construção de uma tabela de danos e temem que o modelo seja um padrão para as indenizações

As vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que quiserem receber indenizações de forma extrajudicial já estão sendo cadastradas. Na sexta-feira (05), a mineradora Vale e a Defensoria Pública de Minas Gerais assinaram um termo que permite que os atingidos optem por acordos individuais ou por núcleo familiar.

De acordo com a Defensoria do Estado, a adesão é voluntária. Os Ministérios Públicos estadual e federal e a Defensoria Pública da União já se posicionaram contra a medida e defendem ações coletivas.

As instituições criticam a construção de uma tabela de danos e temem que o modelo seja um padrão para as indenizações.

Nesta terça-feira (09), dois engenheiros responsáveis pela gerência de Geotécnica da Vale negaram que a companhia tivesse conhecimento de eventual risco de ruptura da barragem em Brumadinho. Os funcionários prestaram depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que apura as causas do desastre.

Segundo a engenheira Cristina Malheiros, a estrutura era muito monitorada com equipamentos que mediam a pressão e o nível da água, além de sensores que avaliavam a inclinação da parede da barragem. Ela chegou a ser presa em fevereiro deste ano a pedido do MP de Minas Gerais porque, segundo os procuradores, os engenheiros sabiam da instabilidade da barragem.

Além de ouvir os representantes da Vale, a sessão da CPI de Brumadinho desta terça-feira aprovou o bloqueio de bens de quatro dirigentes afastados da companhia.

*Informações da repórter Natacha Mazzaro

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