MP pede quebra de sigilo bancário de donos da cervejaria Backer
O Ministério Público de Minas Gerais pediu a quebra do sigilo bancário dos sócios da cervejaria Backer. O objetivo da ação é descobrir se os proprietários movimentaram dinheiro a fim de esconder o patrimônio da empresa. Os donos alegam não ter condições para arcar com o tratamento das vítimas que ingeriram a substância di-etileno-glicol.O composto estava presente na cerveja Belorizontina, produzida pela marca. Ao todo, entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, 29 pessoas foram intoxicadas pela bebida; oito morreram.
De acordo com a polícia, a substância, que é usada no processo de refrigeração do tanque de armazenamento da bebida, estava sendo injetada para dentro do reservatório. O pedido de quebra de sigilo é da décima quarta Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte e é realizado após a conclusão do inquérito da Polícia Civil. O delegado responsável pelo caso indiciou onze pessoas por lesão corporal, homicídio e contaminação de alimentos.
Procurada, a Backer informou que “se manifestará quando intimada a se pronunciar sobre qualquer despacho neste sentido”. A empresa também ressaltou que “cumpre todas as suas obrigações legais” e que acusação é completamente desprovida de qualquer veracidade e fundamentação”.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.