MP-RJ investiga movimentações atípicas de ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro

Segundo investigações, o coronel da reserva do Exército Brasileiro, Guilherme Henrique dos Santos Hudson, teria feito movimentações financeiras atípicas entre os anos de 2009 e 2016

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2020 09h12
Pedro França/Agência Senado Flávio Bolsonaro O coronel da reserva trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro, atual senador, durante seu período como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) está investigando um ex-assessor parlamentar que foi lotado no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, segundo fontes da Jovem Pan. Trata-se do coronel da reserva do Exército Brasileiro, Guilherme Henrique dos Santos Hudson. Segundo investigações, ele teria feito movimentações financeiras atípicas entre os anos de 2009 e 2016, sendo identificados vários saques em espécie de mais de R$ 10 mil, totalizando mais de R$ 250 mil. O coronel da reserva trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro, atual senador, durante seu período como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Além disso, parentes desse coronel também trabalharam no gabinete do irmão de Flávio, o vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República Jair Bolsonaro. A Jovem Pan tentou contato com o coronel no final de semana, mas não obteve sucesso.

O senador Flávio Bolsonaro não vai comparecer nesta segunda-feira, 21, à acareação com o empresário Paulo Marinho. Ele alegou que tem compromisso parlamentar na agenda e que fica à disposição para um outra data, usando a chamada prerrogativa de foro, que garante que ele pode escolher dia, data e hora para interrogatórios e oitivas. Em 2018, a Lava Jato promoveu a Operação Furna da Onça, que mirou deputados da assembleia do Rio de Janeiro.  A acusação feita por Paulo Marinho é que Flávio Bolsonaro tomou conhecimento da operação antes dela ser deflagrada, o que é negado pelo senador e levantou a necessidade da acareação. Na Furna da Onça começaram a nascer relatórios do antigo Coaf que apontaram movimentações financeiras atípicas em mais de 20 gabinetes da Alerj, sendo o ponto de partida para a investigação conhecida como “rachadinhas da Alerj”.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.