MPF afirma que não cometeu abuso na coleta de depoimentos sobre o sítio de Atibaia
O Ministério Público Federal negou que tenha cometido abuso, em março de 2016, ao colher depoimento de testemunha no caso do sítio de Atibaia.
O eletricista Lietides Vieira disse ao juiz Sérgio Moro que a esposa dele, Rosilene da Luz Ferreira, não teria concordado em ir à propriedade atribuída a Lula para depor. Ele é irmão de Élcio Vieira, caseiro da propriedade, conhecido como “Maradona”, e o casal eventualmente prestava serviços na propriedade.
Lietides Vieira disse ao juiz Sérgio Moro que a esposa dele teria sido coagida por membros da força-tarefa da Lava Jato. O eletricista prestou depoimento em 20 de junho deste ano como testemunha de defesa do empresário Fernando Bittar, um dos proprietários do sítio.
Questionado pelo advogado de Bittar sobre o episódio, o eletricista explicou como tudo aconteceu. Lietides Vieira destacou que, após a ação dos investigadores, o filho do casal, de oito anos, precisou de tratamento pediátrico e psicológico. O eletricista disse ainda que a mulher prestou depoimento por cerca de uma hora até ser conduzida novamente para casa.
Em resposta ao juiz Moro, o MPF informou que Rosilene concordou em ir ao sítio porque o equipamento que gravaria o áudio estava com pouca bateria, o que inviabilizaria o depoimento na casa da testemunha. Os procuradores disseram que a presença do filho do casal no sítio foi uma decisão da mãe, sem nenhuma ingerência do MP ou dos policiais de apoio.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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