MPF denuncia Lula, irmão e executivos da Odebrecht por corrupção
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A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou por corrupção passiva continuada o ex-presidente Lula e o irmão dele, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico.
Os donos da Odebrecht, Emilio e Marcelo Odebrecht, e o ex-diretor da empresa Alexandrino Alencar também foram denunciados nesta segunda-feira (9) no mesmo processo.
De acordo com o Ministério Público Federal, Frei Chico teria recebido, entre 2003 e 2015, uma “mesada” da empreiteira, que variava de R$ 3 a R$ 5 mil por mês.
Em delação premiada, Alexandrino Alencar disse que, antes de Lula ser eleito presidente, mantinha Frei Chico como um consultor contratado para intermediar um diálogo entre a construtora e trabalhadores. A sugestão teria sido do próprio ex-presidente.
Na delação, de abril de 2017, Alencar disse que a relação com o irmão de Lula mudou após a eleição presencial.
No total, os pagamentos indevidos teriam somado mais de R$ 1 milhão. Os repasses, segundo os procuradores, eram parte de um pacote de vantagens indevidas oferecidas a Lula em troca de benefícios obtidos pela Odebrecht junto ao Governo Federal.
Agora, caberá à Justiça Federal em São Paulo decidir se os cinco acusados viram réus no caso.
Defesa
Em nota, a defesa de Lula afirmou que a denúncia “repete as mesmas e descabidas acusações já apresentadas em outras ações penais contra o ex-presidente”. Os advogados sustentam que “Lula jamais ofereceu ao Grupo Odebrecht qualquer ‘pacote de vantagens indevidas’, tanto é que a denúncia não descreve e muito menos comprova qualquer ato ilegal praticado pelo ex-presidente. A nota destaca que o “ex-presidente jamais pediu qualquer vantagem indevida para si ou para qualquer de seus familiares”.
Já a Odebrecht reforçou que “tem colaborado com as autoridades de forma permanente e eficaz, em busca do pleno esclarecimento de fatos do passado.”
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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