MPF publica nota e nega que procurador tenha pedido prisão cautelar de Lula
Responsável pela sustentação oral do Ministério Público Federal em julgamento de recurso de defesa do ex-presidente Lula afirma não ver razões para formalizar pedido de prisão contra o petista.
Em nota, o procurador regional da República, Mauricio Gotardo Gerum esclareceu que em caso de condenação, qualquer medida relativa ao cumprimento da pena seguirá o andamento normal da execução penal, “não havendo razões para precipitá-la”.
O que significa que uma eventual prisão só aconteceria depois de esgotados todos os recursos na Corte.
O secretário-geral da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Fernando Mendes, explicou que, se houver a condenação, o cumprimento da pena não é automático: “embora possa haver confirmação da sentença, a possibilidade de a pena ser executada a partir da confirmação da sentença vai depender também da decisão do TRF4 no primeiro momento”.
O juiz federal ressaltou ainda que o julgamento do ex-presidente Lula terá outros desdobramentos: “essa é etapa de um processo que ainda vai ter outros desdobramentos. A consequência política é a possibilidade dele se tornar inelegível”.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região vai julgar os recursos da defesa do ex-presidente Lula na próxima quarta-feira (24).
Ano passado, ele foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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