MPF-SP apresenta nova denúncia contra ex-cúpula da CBDA

Divulgação Coaracy Nunes e outros dirigentes e empresários, atuaram no favorecimento da agência de turismo Roxy e no superfaturamento de passagens e hospedagens

O Ministério Público Federal de São Paulo apresentou nesta quarta-feira (06) uma nova denúncia contra a ex-cúpula da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

O caso faz parte da Operação Águas Claras, que desde 2015 apura irregularidades na CBDA.

Segundo a Procuradoria, o ex-presidente da Confederação, Coaracy Nunes, e outros dirigentes e empresários, atuaram no favorecimento da agência de turismo Roxy e no superfaturamento de passagens e hospedagens durante torneios no exterior e no Brasil, inclusive na preparação para a Olimpíada do Rio de Janeiro.

Além da Roxy, que recebeu mais de R$ 23 milhões da CBDA, outras duas empresas de fachada atuaram em quatro licitações que teriam sido fraudadas.

A procuradora da República, Thaméa Danelon, explicou de que forma os crimes foram detectados: “a própria Polícia Federal, a CGU e nossa perícia constataram que os preços das passagens e hospedagens eram superfaturados, o que caracterizava desvio de verba pública”.

Thaméa Danelon destacou que a permanência de dirigentes por décadas no comando de confederações que recebem verba pública é o primeiro passo para a corrupção.

O ex-presidente Coaracy Nunes é acusado por organização criminosa, peculato e fraude a licitações. Além dele, são alvos da denúncia o ex-coordenador de natação da CBDA Ricardo de Moura, o ex-coordenador de polo aquático Ricardo Gomes Cabral, e o ex-diretor financeiro Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, além dos empresários Michel Bruno Wernie e Flávio Ribeiro Correa.

Na Justiça Federal, o grupo já é alvo de uma ação penal e duas ações de improbidade administrativa.

*Informações do repórter Matheus Meirelles