MPSP pede decretação de falência da Itapemirim, incluindo grupo ITA, e bloqueio de bens do dono
Pedido foi motivado por série de irregularidades descobertas depois de uma intensa investigação
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu a falência do grupo Itapemirim, que inclui aviação, a empresa de ônibus e a ITA transportes aéreos, tudo por causa de uma série de irregularidades descobertas depois de uma intensa investigação. A solicitação do MP pede ainda o bloqueio total dos bens do empresário Sidnei Piva de Jesus, que comanda o grupo Itapemirim. A promotoria afirma que o empresário e os gestores dele descapitalizaram a empresa de ônibus para criar a linha aérea, que agora está suspensa.
O pedido de falência e o bloqueio total dos bens do empresário que está a frente do grupo Itapemirim foi um pedido do promotor Nilton Bele Filho. Credores entraram na justiça e os funcionários cruzaram os braços. A gota d’água para a justiça foi o caos instalado pela companhia aérea no final do ano passado, deixando centenas de passageiros na mão. A empresa está em recuperação judicial desde 2016. A dívida com credores passa de R$ 253 milhões e deve ainda mais de R$ 2,2 bilhões em tributos. Acordos firmados também não foram cumpridos, inclusive com o Procon de São Paulo.
O MP investiga possíveis desvios de recursos da empresa e pediu urgência para que os pedidos sejam aceitos o quanto antes, pois teme possíveis retiradas de dinheiro do grupo. A Itapemirim pediu proteção contra a falência em 2016, e Piva assumiu o controle da empresa, que até então era de propriedade da família Cola, por ter direitos de crédito da companhia. O plano de recuperação judicial foi homologado pela justiça em 2019, mas não tem sido cumprido.
*Com informações do repórter Maicon Mendes
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