Mudanças serão apresentadas, mas há pontos inegociáveis, diz relator da reforma da Previdência
O Governo entrega nesta quarta-feira (07), ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), mudanças ao texto da reforma da Previdência. A tentativa é de ganhar mais votos alterando pontos e excluindo outros.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o relator Arthur Maia (PPS) afirmou, entretanto, que há pontos inegociáveis: a idade mínima e criação de regime previdenciário igual para a iniciativa privada e ao setor público.
“Temos que tentar e é preciso que a sociedade pressione. O tempo é curto porque há consenso de que se não votarmos em primeira discussão na Câmara não vai progredir. Estamos apresentando texto hoje para iniciar discussão no dia 19 e a partir daí vamos deixar alguns temas em aberto. Estará em aberto série de outras questões desde que não atinjam o núcleo duro da reforma, que são inegociáveis”, disse.
Desta forma, a idade mínima continua conforme proposto em 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens, subindo até chegar a essas idades em 2038, e a igualdade nos setores público e privado.
“Hoje temos dois mundos: um mais favorável a quem está no setor público e as dificuldades de quem está no setor privado. Isso é inegociável também. Questões menores, eventuais, desde que tragam votos, estamos dispostos a ouvir as pessoas e fazer mudanças para fazer a reforma valer”, explicou o relator.
Segundo o deputado Arthur Maia, pensão integral para viúvas de policiais mortos em combate e outras mudanças somam votos para a Previdência, e as mudanças vão acontecer nessa ordem. A versão apresentada nesta quarta é a versão que vai ser colocada em discussão no dia 19.
“No plenário estamos vendo texto que exclui da reforma o que diz respeito aos trabalhadores rurais. Alvo dessa reforma é atingir quem tem maiores privilégios. Segundo ponto é exclusão do Benefício de Prestação Continuada. A terceira modificação é termos diminuído o tempo mínimo de contribuição de 25 anos para 15 anos. A outra modificação nova é a decisão de conceder a pensão integral para famílias de policiais que venham a morrer em combate”, enumerou.
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