Na Câmara, ministros negam aumento do uso de agrotóxicos no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 31/10/2019 07h07 - Atualizado em 31/10/2019 07h16
Pixabay Banca de mercado com diversas frutas dispostas Até este mês, 382 produtos receberam autorização para comercialização no país; no ano passado, foram 450 pesticidas com registros concedidos

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o uso de defensivos agrícolas nas lavouras brasileiras diminuiu mesmo com a permissão de comercialização a quase 400 produtos.

Em uma audiência na Comissão de Defesa do Consumidor na Câmara dos Deputados, Tereza Cristina rebateu críticas e disse que 2019 não foi o ano com o maior número de novos registros.

Até este mês, 382 produtos receberam autorização para comercialização no país. No ano passado, foram 450 pesticidas com registros concedidos.

O deputado Ivan Valente criticou o procedimento seguido pelos órgãos responsáveis pela análise dos pesticidas.

O parlamentar acusou os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente de conduzir análises menos rigorosas. “Agora entrou o Governo e vocês conseguiram liberar tudo. Não precisou de lei, eu fico pasmo com isso.”

Tereza Cristina garantiu que o processo de aprovação não foi modificado e afirmou que os órgãos responsáveis pelas análises são referência mundial.

“Dos pedidos de registro, 65% foram protocolados em 2015 ou antes. Essa gestão não modificou nada na legislação. Cada vez que aprovamos um produto novo com menos toxidade, o próximo produto semelhante tem que vir com menos toxicidade ainda.”

A discussão também contou com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que reforçou a posição de Tereza Cristina. Mandetta disse que a diferença entre remédio e veneno é a dose e destacou que a principal causa da contaminação é a desinformação.

Dos 382 produtos que receberam o registro, mais da metade não pode ser comprada diretamente pelo produtor rural.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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