Na OEA, Brasil apoia possível intervenção militar na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2019 08h25 - Atualizado em 12/09/2019 10h26
EFE Pedido de consulta à possibilidade de uma intervenção foi feita pelo autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó

Na Organização dos Estados Americanos (OEA), o governo brasileiro apoiou o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, no pedido para convocar uma consulta ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar), que, na prática, abre portas para uma intervenção militar no país. Na prática, se o t

O pedido foi chancelado nesta quarta-feira por 12 dos 19 países que participam do acordo.Agora, os ministros das Relações Exteriores dos países-membros devem convocar a reunião de consulta para a segunda quinzena de novembro, quando tomarão uma decisão sobre prosseguir ou não com o tratado.

No texto da resolução que pede a consulta à possibilidade de usar o Tiar, os países da OEA afirmam que a crise na Venezuela tem um impacto “desestabilizador” e representa uma “ameaça à paz e à segurança no hemisfério”.

O representante brasileiro na organização Fernando Simas Magalhães, acusou o governo venezuelano de proteger criminosos e ressaltou a importância de uma atuação internacional conjunta. “A ditadura comandada por Nicolás Maduro prevê refúgio a esses criminosos e se beneficia de uma corrupção generalizada do narcotráfico, do tráfico de pessoas, da lavagem de dinheiro e do terrorismo. O combate a esses crimes depende de força internacional coordenada. Nesse sentido, devemos procurar fortalecer a colaboração entre nossas agências de inteligência e segurança por meio do intercâmbio ágil de informações”, disse.

“Por outro lado, devemos buscar, também, um esforço adicional para estabelecer normativa internacional que defina o terrorismo e que forneça um direcionamento preciso para que nossos países possam agir em conjunto”, completou. Ele votou contra uma emenda proposta pela Costa Rica, que também apoiava o chamado da reunião de consulta, mas limitava as ações internacionais a “intervenções pacíficas”, excluindo a possibilidade do uso das Forças Armadas.

A ala militar do governo de Jair Bolsonaro (PSL) se opõe a uma ação bélica em território venezuelano e defende as vias diplomáticas.

Nicolás Maduro havia removido Caracas do tratado em 2012, mas o governo interino de Juan Guaidó conduziu o país de volta ao bloco.

*Com informações do repórter Renan Porto 

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