‘Não creio que a Rússia vai invadir um país com um chefe de Estado sendo recebido’, diz membro da comitiva de Bolsonaro

Ricardo Santin detalhou a importância da viagem para a economia brasileira e disse acreditar que um encontro entre Putin e o presidente brasileiro retarde o conflito com a Ucrânia

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2022 11h24
Reprodução/ABPA O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin Ricardo Santin é um dos integrantes da comitiva do presidente Jair Bolsonaro na viagem à Rússai

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, integrante da comitiva de empresários que vão acompanhar a ida do presidente Jair Bolsonaro à Rússia, explicou as perspectivas econômicas e a importância da viagem para o setor. A Rússia, que já foi uma das maiores compradoras da carne suína brasileira, se tornou autossuficiente em produção, chegando a exportar o produto para países asiáticos. Uma epidemia de peste suína africana, no entanto, fez com que o governo russo abrisse cota para a importação de 100 mil toneladas até julho. Em entrevista ao Jornal da Manhã, Santin afirmou que o Brasil é o país com mais chances de fechar acordo para a exportação. A visita também garantirá o fornecimento de fertilizantes. “A Rússia stá vivenciado um problema de peste suína africana, o que aumentou a demanda da carne suína na Rússia. Isso fez com que eles abrissem uma cota de 100 mil toneladas até julho, e o Brasil, entre os países que podem produzir, é o que mais tem chance de usar essa oportunidade”, explicou o presidente da ABPA.

Apesar do aumento das tensões entre o Ocidente e a Rússia diante de uma possível invasão à Ucrânia, o entrevistou minimizou os impactos geopolíticos do encontro entre Bolsonaro e Vladimir Putin. “É uma viagem que já estava prevista há muito tempo. Apesar dos barulhos que estão acontecendo, é uma viagem muito importante para o Brasil e para nós do setor proteínas animais”, defendeu Santin. “Hoje nós estamos vivenciando um momento difícil na nossa indústria aqui no Brasil. O custo do milho, do farelo de soja, aumentou demais. A gente, inclusive, está tendo dificuldades no mercado internacional, que está aumentando o preço para cobrir os custos”, justificou o integrante da comitiva sobre a importância da viagem. Em sua opinião, a visita de Bolsonaro tem chances de retardar um possível conflito entre Rússia e Ucrânia. “Eu não creio que a Rússia vai invadir um país com um chefe de Estado sendo recebido, especialmente do Brasil, que tem uma relação tão boa com a Rússia. Essa visita também ajuda a dar mais tempo para conversações entre o presidente Putin e Biden”, finalizou.

Confira a entrevista na íntegra:

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