‘Não é a que eu quero’, diz Bolsonaro sobre reforma da Previdência de Temer

José Cruz/Agência Brasil "Tem que reformar? Tem, mas tem de ser de forma racional, não apenas olhando números, tem que olhar o social também”, disse Bolsonaro

A reforma da Previdência dificilmente vai ser aprovada neste ano e, quando for feita, precisa ser realizada olhando o social, e não apenas com a razão. A declaração foi dada nesta segunda-feira (12) pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

Bolsonaro se encontrou com seu ministro da Fazenda, Paulo Guedes, para tratar de novos nomes para a equipe econômica, inclusive para falar da escolha de Joaquim Levy para a Presidência do BNDES.

O encontro aconteceu na casa de Bolsonaro, na Barra da Tijuca. Na ocasião, os dois chegaram à conclusão que, dificilmente, a reforma de Michel Temer que está em discussão será aprovada.

“A questão de reforma da Previdência que está achando [sic] que dificilmente se aprova alguma coisa no corrente ano. Não é a reforma que eu quero. Tem que reformar? Tem, mas tem de ser de forma racional, não apenas olhando números, tem que olhar o social também”, disse Bolsonaro.

Sobre a escolha de Joaquim Levy, Bolsonaro disse que não conhece o economista, mas endossou a escolha de Paulo Guedes. Ele reiterou que todos os sigilos do banco serão abertos em seu governo, a chamada caixa preta do BNDES. “Queremos botar na mesa para todos tomarem conhecimento de todas as transações feitas. Não sei o Joaquim Levy, meu contato é com Paulo Guedes”, disse.

Nesta terça-feira, Bolsonaro deve anunciar novos nomes para seu futuro governo: o parlamentar Luiz Mandetta (DEM) pode ser anunciado como novo ministro da Saúde.

*Informações do repórter Rodrigo Viga