Não é importante para a sociedade trocar de presidente, diz aliado de Temer
Na semana em que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deve votar o parecer do relatório de Bonifácio de Andrada a favor de Michel Temer, a linha de frente do presidente já começa a dizer que tem os votos necessários para barrar a segunda denúncia.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o deputado Beto Mansur (PRB), defensor declarado de Temer, afirmou que o Governo deve ter os mesmos votos que os obtidos na primeira denúncia e disse ainda que a de agora é fraca e sem fundamentos.
“No plenário da Câmara tivemos 263 votos pelo arquivamento, deveremos continuar muito parecido com esse número. A gente vem em um trabalho muito intenso. Respeito a opinião das pessoas, mas acho que neste momento não temos que tirar o presidente da República, ele, se tiver que responder, vai responder depois do mandato. Mas em uma hora como essa não é importante e nem interessante para a sociedade brasileira que a gente fique trocando de presidente”, disse. “O próprio relator da CCJ, Bonifácio de Andrada, que já estudou com profundidade a denúncia, pede arquivamento. Uma coisa é você investigar e a gente limpar a política brasileira. Outra é fazer denúncia sem fundamentos”, completou.
Questionado sobre a sua defesa de um Governo tomado por denúncias de corrupção, Mansur afirmou que “tudo precisa ser investigado”. No caso dos R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima encontrados em um apartamento em Salvador, e as buscas no gabinete do irmão Lúcio Vieira Lima, o deputado do PRB voltou a defender Temer: “não quer dizer que eventualmente o dinheiro que seja de Geddel é de Michel Temer. Lógico que se você tem lá um absurdo de R$ 51 milhões sendo guardados dentro de apartamento tem mais que investigar não só Geddel, como seu irmão. Eu defendo que você tenha que investigar tudo”.
Sobre a polêmica envolvendo a divulgação dos vídeos da delação de Lúcio Funaro, o deputado do PRB afirmou que “as fitas já estavam no site da Câmara desde setembro”, mas que as coisas serão “dirimidas”.
Confira a entrevista completa:
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