Não existe solução mágica para o Rio, diz ministro do GSI
Neste sábado (5) de manhã ocorreu a Operação Onerat, ação integrada das Forças Armadas com as polícias estadual e federal no Rio de Janeiro. Duas pessoas foram mortas e 18, presas. O foco é e combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas.
De acordo com o ministro-chefe do gabinete de segurança institucional da Presidência da República, general Sérgio Etchegoyen, a operação é baseada na troca de inteligências.
“É uma operação conjunta, com diversas forças envolvidas, cada uma nos limites de sua competência. É uma operação feita a partir de informações de inteligência para delimitar o local de sua atuação”, disse em entrevista exclusiva à Jovem Pan neste sábado (5).
O ministro Sérgio Etchegoyen acrescenta que não existem soluções milagrosas e a vitória sobre o crime organizado virá aos poucos.
Só vamos ter êxito à medida em que tivermos muito trabalho de inteligência e, a partir desse trabalho, executarmos operações como essa, que também tira armas e munições (dos criminosos)”, afirmou.
“Começamos a caminhar nessa direção (sensação de segurança). É importante as pessoas entenderem que não existem soluções mágicas, da noite para o dia”, disse o ministro. “Vamos caminhar nesse sentido, de maior segurança e cidadania no Rio de Janeiro”.
O ministro Sérgio Etchegoyen garante que as apreensões de armas nas fronteiras estão aumentando de forma considerável e vê “bastantes resultados bastante positivos”.
“O Ministério da Justiça tem trabalhado com muito resultado”, afirmou. “O Rio de Janeiro não produz armas nem cocaína. Isso passa pelas fronteiras. As forças armadas também operam nas fronteiras e têm tido importantes apreensões”.
Etchegoyen destacou ainda o potencial de criminosos elegerem políticos no ano que vem, caso continue proibido o financiamento empresarial.
O ministro ainda comemorou o processo de pacificação na Colômbia, mas destacou possíveis consequências a que o Brasil deve ficar atento.
“A pacificação da Colômbia é um evento muito bem-vindo para o continente, não apenas para a Colômbia”, disse. “Mas ela pode trazer efeitos colaterais, como um estoque de armas que some e pode procurar outros caminhos, um desvio da rota de tráfico, que pode passar pelo Brasil, e isso já aconteceu, e a busca de saída de antigos guerrilheiros que hoje continuam como plantadores de cocaína, já não como guerrilheiros, mas criminosos”, ressalvou.
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