“Não há uma crise profunda”, diz deputado Jarbas Vasconcelos

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2017 10h37 - Atualizado em 05/07/2017 10h44
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil "A gente precisa aprofundar mais as reformas. O país precisa avançar, progredir, se desenvolver", argumenta Jarbas

Em entrevista à Jovem Pan nesta quarta-feira (5), o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), conhecido por duras críticas contra a corrupção inclusive de correligionários, amenizou o tom em relação ao presidente Michel Temer.

Mesmo dizendo que vai votar pelo prosseguimento na Câmara da denúncia que acusa o presidente de corrupção passiva, Jarbas preferiu ressaltar o “aspecto positivo” do governo, que seria o empenho em aprovar as reformas econômicas.

“Eu voto pela aprovação, pela continuidade da apuração dos fatos, mesmo do presidente da República, mesmo (Temer) contando com meu apoio na Câmara dos deputados”, disse.

Questionado se a crise atual seria o pior momento que já viveu na política, Jarbas disse: “sem dúvida”. Mas depois, na mesma fala, o deputado se contradisse. “Em política o momento pior, mais agudo, sério, é quando não temos a perspectiva do que vai acontecer”, classificou. “A gente precisa aprofundar mais as reformas. O país precisa avançar, progredir, se desenvolver. A gente tem que procurar dar estabilidade a esse quadro”.

“A gente não está num momento também excepcional. É um momento razoável. Não há uma crise profunda. A gente vive em crise, mas sem maior profundidade”, afirmou Vasconcelos.

“A situação não é saudável, boa, mas estamos num momento de razoabilidade. Não estamos em um momento perigoso, medíocre, ruim”, entende o peemedebista. “Não dá para ficar na perplexidade. Vivi momentos bem piores. O momento de agora não é bom nem ruim, é um momento razoável”, voltou a dizer Jarbas, sugerindo inclusive que o presidente Michel Temer, que articula para arquivar a denúncia na Câmara, envie propostas de mais reformas ao Congresso.

Para discutir as acusações de corrupção que contaminam grande parte da elite política brasileira, Jarbas sugere a criação de CPIs (comissões parlamentares de inquérito), mas “sem espalhafatos e sem querer aparecer”.

“Quando o momento é bom para se discutir, para se avançar, pode ser considerado bastante razoável”, conclui o peemedebista.

Assista à entrevista completa:

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