“Não haverá atropelo” para votar denúncia contra Temer, garante presidente da CCJ

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2017 09h42 - Atualizado em 06/07/2017 09h43
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LUCIO BERNARDO JR /Agência Câmara Questionado se é possível votar o relatório antes do recesso, Rodrigo Pacheco disse que sim

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco, afirmou em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã nesta quinta-feira (06) que “não haverá atropelo” para acelerar a votação do processo contra o presidente Michel Temer.

Pacheco relembrou que serão realizadas ao menos cinco sessões na CCJ, mas que o número pode ser extrapolado caso necessário. A sinalização é contrária ao que defende o próprio Governo, que quer correr com o assunto e liquidar o tema antes do recesso parlamentar.

“São cinco sessões para que a CCJ emita um parecer a respeito da admissibilidade ou não. Estamos designando para segunda-feira a sessão onde será lido o parecer do relator. A partir daí podemos ter pedidos de vistas. Com isso, sou obrigado a conceder e aí volta o assunto para a pauta da CCJ”, explicou Pacheco.

Ficou acordado com os coordenadores de partidos que que todos os deputados membros da CCJ poderão falar na sessão, sendo 15 minutos para cada um. Os não-membros – limitados a 20 favoráveis e 20 contrários ao relatório – também poderão falar. Ao final da discussão é dada a palavra ao relator novamente e depois para a defesa. A partir disso tem início a votação nominal para o “sim” ou o “não” do relatório.

Questionado se é possível votar o relatório antes do recesso, Rodrigo Pacheco disse que sim. “Essa matemática que fica na teoria da soma dos prazos [para cada deputado, defesa e relator falarem], a gente vê que, na prática, nem todos os deputados que se inscrevem para falar usam os 15 minutos. Nos faz acreditar que se começa na quarta-feira e avança na quinta, é possível concluir sim a discussão. Se não terminar, vamos marcar outra sessão e não vamos correr com isso. Não haverá atropelo no procedimento”, garantiu.

Seguindo o cronograma, tudo indica que a votação no plenário da Câmara será feita apenas após o recesso, em agosto. “Se o presidente da Casa, Rodrigo Maia, decidir que mantém o recesso parlamentar, provável que se avance para agosto a decisão do plenário. Se ele sacrificar a primeira semana ou todo o recesso é possível terminar. Não podemos ter o afogadilho de decidir isso a toque de caixa”, finalizou.

Confira a entrevista completa:

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