Ciro Gomes rebate críticas de instabilidade emocional: “como cidadão comum, eu falo as coisas”

  • Por Jovem Pan
  • 18/06/2018 10h40 - Atualizado em 18/06/2018 11h24
Bruno Lima/Jovem Pan Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Ciro disse que o que é considerado como “instabilidade emocional” por muitos é uma desculpa a qual ele não merece

Com temperamento forte assumido, o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, não poupou sua artilharia em torno de nomes como Michel Temer, Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro e até mesmo Fernando Holiday.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Ciro disse que o que é considerado como “instabilidade emocional” por muitos é uma desculpa a qual ele não merece. “Não mereço a desculpa de instabilidade emocional que me leva a falar certas coisas, pelo contrário”, disse ao citar seus inúmeros cargos na política. “Nunca ninguém terá um exemplo de eu portando representação cometendo abuso de poder, desatino. Sou pessoa indignadíssima com as coisas do Brasil e, como cidadão comum, eu falo as coisas”, completou.

Sobre falas reproduzidas de que receberia à bala a “turma de Sergio Moro”, e que sequestraria Lula da prisão, Ciro Gomes foi objetivo: “na [fala] do Moro, eu nunca falei isso sem brutal condicional. Se eu não fiz nada de errado, e alguém manda me prender, eu tenho direito de receber à bala. Não saberia estar preso inocente, a expressão da indignação com as coisas é uma mazela na minha vida (…) Não acho que foi golpe [prisão de Lula]. Mas acho sentença do Moro injusta. Se próprio Lula recorre, é porque esta aceitando o rito”.

Provocações a políticos

Recentemente, Ciro Gomes também disparou críticas ao pré-candidato Jair Bolsonaro, o chamou de “fascista e despreparado”. Ainda que semelhantes no modo de falar, Ciro ressaltou durante a entrevista argumentos contra o adversário.

Sobre arrependimentos, ele disse se arrepender de alguns. “Claro que me arrependi, mas eu peço desculpas com naturalidade. Pode prejudicar [imagem para com o eleitor]. Se eu falo bobagem, meu Deus do céu, já falei várias. Eu sou candidato, fui prefeito mais popular do Brasil, governador mais popular, falo pelos cotovelos, mas perder voto é inerência”, disse. “Evidentemente que deveria haver um controle maior”, completou.

Sem maiores explicações, Ciro Gomes aproveitou para alfinetar o vereador Fernando Holiday e o chamou de “capitãozinho do mato”. “Pior coisa é um negro usado para estigmatizar”.

Voltando ao processo de impeachment, Ciro Gomes reiterou aquilo que ele próprio classificou como “golpe”, e saiu em defesa de Dilma, no estilo “morde e assopra”: “Só se cabe impeachment pelo cometimento doloso do crime de responsa. Ela foi acusada de pedalada que tinha sido praticada com assentimento do TCU em todas as presidências. Ela não foi acusada de crime de responsabilidade. A acusação foi pedalada. Ela fazia péssimo Governo, mas na minha opinião ela não cometeu crime de responsabilidade nenhum. Ela é pessoa honrada”.

Confira a entrevista completa com o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes:

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