‘Não tenho dúvidas de que Bolsonaro escolherá nome da lista tríplice’, diz representante de procuradores

  • Por Jovem Pan
  • 18/06/2019 09h28 - Atualizado em 18/06/2019 10h42
Fátima Meira/EstadãMarcos Corrêa/PRo Conteúdo O presidente Jair Bolsonaro durante reunião ampliada com o presidente da Argentina, Mauricio Macri. Os procuradores de todo o Brasil escolhem hoje os três nomes que compõem a lista de indicados ao cargo da PGR, que será enviada para Bolsonaro

Os procuradores de todo o país indicam nesta terça-feira (18) os três nomes que vão compor a lista tríplice que será encaminhada para Jair Bolsonaro. O presidente é o responsável por escolher o nome de quem ocupará o cargo, hoje ocupado por Raquel Dodge, pelos próximos dois anos.

Fábio George Cruz da Nóbrega, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, falou hoje ao Jornal da Manhã sobre as expectativas da votação.

“Toda nossa expectativa é de que o presidente acolherá e seguirá a lista tríplice sugerida. Esse é um processo democrático que tem se consolidado nos últimos 18 anos. É um processo de transparência e que fortalece a democracia interna. Não temos dúvida alguma de que nosso representante será escolhido dessa forma”, afirma Nóbrega.

A questão principal gira em torno de que o presidente Jair Bolsonaro não é obrigado a escolher o sucessor de Raquel Dodge com base na lista. A própria procuradora-geral atual não está entre as opções e pode ser um nome escolhido pelo presidente para continuar no cargo.

Nóbrega reforça que seguir a lista é um processo importante para fortalecer a classe internamente.

“Foi por meio da formação da lista tríplice que o Ministério Público Federal (MPF) ganhou independência, autonomia e se mobilizou através de toda a carreira. O combate a corrupção avançou e a segurança pública ganhou um acompanhamento maior da nossa parte. O presidente compreende a importância de ter um Ministério Público mobilizado para cumprir todas as funções relevantes”, completa.

O representante dos procuradores também afirmou considerar democrático que o chefe do Executivo dê a palavra final na votação. “Os nomes escolhidos entre os 10 para compor a lista tríplice passaram por sabatina do Senado, eles têm condições de chefiar a nossa instituição. Não é apenas uma escolha pessoal do presidente”, confirma Nóbrega.

A respeito da possibilidade de Raquel Dodge continuar no cargo, Nóbrega é enfático. “Não sabemos os motivos que a levaram a não requerer sua inscrição. Mas nós temos outros 10 candidatos que passaram por todo o processo de sabatina, trouxeram ideias e projetos. Para comandar uma instituição tão importante quanto a nossa é preciso ter legitimidade, liderança e representatividade. Não tenho dúvida nenhuma de que Bolsonaro escolherá um nome da lista tríplice”, finaliza.

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