‘Não vamos imaginar que 10 meses serão suficientes’, diz Jungmann sobre intervenção no RJ
O Estado do Rio de Janeiro realizou nesta quinta-feira (27) um evento marcando o fim da intervenção federal na segurança pública. O interventor, general Braga Netto, disse que a missão foi cumprida, mas a população fluminense ainda sofre com a violência.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, comparou a situação do Rio de Janeiro com uma febre que estava alta, mas registrou baixa. Com dados de melhora nos índices de criminalidade, o ministro disse que a situação precisa de continuidade.
“A intervenção é como se você desse medicamento a uma pessoa com 41 ºC de febre e, se traz para 38 ºC evidente que melhorou a situação. Mas a pessoa continua com febre. O RJ continua com febre, mas para debelar essa febre, você precisa ter continuidade. Não vamos imaginar que 10 meses serão suficientes para reverter a situação. A intervenção deixa a segurança melhor do que encontrou”, defendeu.
Jungmann destacou ainda que a transição para o fim da intervenção possui dois eixos.
“Um deles é a continuidade do planejamento para aprofundar as mudanças que vinham sendo feitas. Em segundo, a questão a ser decidida sobre a prorrogação da GLO [Garantia da Lei e da Ordem], e isso prorrogaria a presença de militares na segurança, mas não respondendo por ela. Eles atuam no Rio de Janeiro, mas não estariam no comando das operações”, explicou.
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