Nenhuma das legendas apresenta caminho para os indecisos, diz vice de Álvaro Dias

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2018 10h20
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Derek Flores/Jovem Pan “A indecisão, embora exista e prevaleça, aparece estimulada como se candidatos A ou B já estivessem no segundo turno", disse

Nas últimas pesquisas eleitorais, o candidato do Podemos à Presidência da República, Álvaro Dias, tem apresentado dificuldade em crescer nas intenções de voto e registra apenas um dígito. Segundo o seu vice na chapa eleitoral, o economista e ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, o resultado é motivado pela própria pesquisa.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o vice de Álvaro Dias disse que “o sistema de pesquisa baseado em duas a três mil entrevistas é arriscar demais contar uma história a respeito de tendência que ainda não se configurou para a maior parte dos candidatos”. Para ele, a característica desta eleição é a indecisão por parte do eleitorado.

“A indecisão, embora exista e prevaleça, aparece estimulada como se candidatos A ou B já estivessem no segundo turno. E quando determinados órgãos, somente a TV brasileira, que está longe de ser ambiente democrático, preestabelece candidatos que precisam ter 5 pontos para poderem começar a aparecer, deu contribuição seríssima para o fim da democracia no Brasil e estreitamento de alternativas”, criticou o ex-mandatário do BNDES.

“Quem não aparece na TV Globo, porque não tem cinco pontos percentuais, a probabilidade de esse candidato jamais aparecer no imaginário distraído do grande público aumenta exponencialmente (…) Nenhuma das legendas está apresentando caminho para os indecisos brasileiros”, completou Paulo Rabello.

Reforma tributária

Necessária e colocada como prioridade de planos de Governo de candidatos, a reforma tributária foi citada por Paulo Rabello de Castro. Segundo ele, o Congresso não foi testado para verificar se aprovaria ou não a simplificação tributária.

“Minha aposta é que aprovaria”, disse o economista.

“Álvaro Dias vai ganhar no segundo turno e vocês verão. A reforma será aprovada e teremos aprovação antes do 1º semestre de 2019. O ministro da Fazenda não priorizou isso. Gastou para aprovar PEC do teto de gastos, cujo teto está definido de modo errado, quando ali já poderia ser votada a reforma tributária dos nossos sonhos. Se Álvaro Dias não for eleito, vamos ter pessoas administrando o país que vão ter apenas vagas noções do que fazer e isso não é suficiente”.

Confira a entrevista completa com o vice na chapa de Álvaro Dias à Presidência, Paulo Rabello de Castro:

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