Nikolas Ferreira ganha mais de 46 mil seguidores nas redes sociais após fala na Câmara
Discurso do parlamentar no dia Internacional da Mulher foi classificado como transfóbico por outros deputados
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) teve o terceiro maior pico de ganho de seguidores nas redes sociais após ter causado polêmica ao fazer um discurso considerado transfóbico por colegas parlamentares e usar uma peruca loira no Dia Internacional da Mulher na tribuna da Câmara. Segundo dados da consultoria Bites, o parlamentar mineiro ganhou 46,3 mil novos seguidores nas redes após o episódio. O aumento ficou atrás de dois outros momentos: o período entre 31 de janeiro e 2 de fevereiro, quando assumiu o mandato na Câmara dos Deputados e teve 109 mil novos seguidores; e o dia 8 de janeiro, quando houve a invasão e o vandalismo nos prédios dos Três Poderes, em Brasília, e teve 48,3 mil novos seguidores. A média diária de novos seguidores nas redes sociais do parlamentar é de 9,3 mil. Apesar do ganho de seguidores, a repercussão sobre a fala do deputado não foi bem nas redes sociais. Nikolas Ferreira foi citado em 243 mil publicações, sendo 49,9 mil defendendo a sua cassação.
O Ministério Público Federal acionou a Câmara dos Deputados para investigar as falas do parlamentar. Diversos deputados também já se posicionaram e disseram que irão acionar Nikolas no Conselho de Ética da Casa. Depois de diversas críticas de colegas parlamentares e até do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Ferreira utilizou redes sociais para se defender: “Nós temos uma perda do espaço das mulheres para todo um ativismo bem gradual, bem silencioso, mas muito efetivo. E o que, anteriormente, era somente uma vontade de lutar por direitos, hoje, na verdade, o desejo da pessoa se torna um dever para o outro. E pior, ele tem que ser tomado inclusive uma lei, caso contrário você será sancionado. E ainda tenho que ver ainda parlamentares, judiciários, todos sistematizados para poder, por exemplo, cassar o meu mandato ou aplicar uma sanção judicial. Isso beira a infantilidade. Afinal de contas, o artigo 53 [da Constituição Federal] me dá total liberdade para palavras, votos e opiniões ali na tribuna”.
*Com informações do repórter João Vitor Rocha
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