Nível da represa de Jurumirim caiu 25% em 2 meses; conselho determina redução da vazão

  • Por Jovem Pan
  • 19/11/2019 07h11 - Atualizado em 19/11/2019 09h37
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Cláudio Nascimento/ TV TEM Represa de Jurumirim A economia da região de Avaré está sendo afetada com o nível baixíssimo das águas

A sala de crise formada pela Agência Nacional de Águas (ANA), pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Secretária de Defesa do Meio Ambiente, autorizou a diminuição da vazão da represa de Jurumirim, na região de Avaré, interior de São Paulo.

Os níveis baixos estão afetando drasticamente os municípios que são banhados pelas águas, administradas pela CTG Brasil, um braço da multinacional chinesa, China Tree Gorges. Com a decisão, o volume de vazão vai diminuir de 147 metros por segundo para 60 metros por segundo.

Segundo o vereador avareense, Coronel César Morelli (PP), a expectativa é que a medida minimize o drama vivido pelos habitantes e frequentadores desta área do oeste paulista. “Eles bateram o martelo, que a água da nossa represa e das outras tem que chegar a 20%, no mínimo. Então já reduziu de 147 metros cúbicos por segundo, que era a vazão que estavam precisando para gerar energia, passou para 60. Então vai vazar menos água para transformar em energia. Se vislumbrava essa possibilidade de redução então houve aqui, na nossa região, uma aceleração. Soltou em poucos dias, baixou muito rápido a represa”, disse.

O vereador Alessandro Rios (PTB) expôs a cronologia da baixa das águas e pretende que os responsáveis pelos danos causados ao meio ambiente e a população respondam pelos atos praticados. “Alguém tomou um ato administrativo do qual eu entendo que prejudicou muito a nossa municipalidade, as dez cidades que necessitam dessa represa de Jurumirim. Pelas imagens que eu trouxe, não dá para falar que nós não tivemos um problema de meio ambiente”, afirmou.

“É nítido que nós tivemos, foi uma queda repentina de 60 dias. Nós tínhamos um vazão, especificamente em julho, de 61 metros cúbicos por segundo; em agosto, de 68 metros cúbicos por segundo. De uma hora pra outra, subiu para 194 metros cúbicos por segundo no mês de setembro; em outubro, foi pra 260. E o que isso provocou? Nós tínhamos um volume, em agosto, de 43.65% das nossas águas, e isso reduziu, em 60 dias, para 18.57%. Nós falamos de uma redução de 25.08% das nossas águas, é um quarto das nossas águas que foram embora em 60 dias”, continuou.

A economia da região de Avaré ainda está sendo duramente afetada com o nível baixíssimo da represa de Jurumirim.

*Com informações do repórter Daniel Lian 

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