No Brasil, 95% das mulheres que saem candidatas aos governos estaduais não são eleitas

  • Por Jovem Pan
  • 28/03/2018 07h24
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil O ranking mostra a evolução da participação feminina no poder Executivo nos últimos anos

O Projeto Mulheres Inspiradoras, PMI, lança nesta quarta-feira (28) o ranking sobre a participação feminina no poder Executivo.

O objetivo do estudo é questionar as razões para a baixa representatividade feminina na política do Brasil e do mundo.

Dos 186 países analisados, apenas 29 têm mulheres como chefes de governo ou chefes de Estado. Isso mostra que mais de 92% dos habitantes mundiais são governados por líderes do sexo masculino.

No Brasil, 95% das mulheres que saem candidatas aos governos dos Estados não se elegem. E só em 2010 tivemos a primeira presidente mulher na história do país.

O ranking mostra a evolução da participação feminina no poder Executivo nos últimos anos. Seguindo esse ritmo de crescimento, o número de mulheres e homens no comando das cidades só será igual em 2038, daqui 20 anos. E a igualdade de gênero nos governos dos Estados vai demorar ainda mais: só será atingida em 50 anos.

Em 2016, das mais de duas mil candidatas a prefeituras, apenas 639 conseguiram o cargo.

Vinte anos antes, por exemplo, eram apenas 744 mulheres concorrendo, e menos de 200 eleitas.

Marlene Campos Machado, diretora executiva do PMI, enxerga um avanço, mas explicou que o processo de igualdade ainda é lento.

No ranking, o Nordeste é a região com maior presença feminina no poder executivo: são 16% de representatividade.

Em ano de eleição e diante deste cenário, Marlene Campos Machado analisou que é preciso mais engajamento de mulheres nos partidos políticos.

A presidente do PMI também defendeu que recursos de campanha, tempo de TV e fundos eleitorais sejam destinados igualmente para lideranças femininas.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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