Nobel de economia crítico da atual política de juros do BC participa de seminário com Haddad e Alckmin no RJ
Vencedor do prêmio em 2001, Joseph Stiglitz participará de um seminário nos dias que antecedem o anúncio do Comitê de Política Monetária a respeito da manutenção ou mudança na taxa Selic
O ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2001, Joseph Stiglitz, visitará o Rio de Janeiro nesta semana. A visita coincide com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que acontece entre os dias 21 e 22. Stiglitz é um ferrenho crítico da estratégia adotada por Brasil e Estados Unidos no combate à inflação. Segundo o economista, manutenção da taxa de juros em um patamar alto (13,75% no Brasil) não tem surtido efeito. Em sua avaliação, os juros elevados prejudicam e enfraquecem a economia e está claro que a inflação nestes países não tem a ver com demanda, mas, sim, com custos mais elevados. Stiglitz participará do “Seminário Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também participará do evento o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e o encerramento está previsto para ser feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira, 21. O seminário antecede a reunião do Copom, que definirá a nova taxa básica de juros (Selic) no Brasil. A expectativa de especialistas é de que a Selic seja mantida em 13,75%, apesar dos avanços na divulgação da nova âncora fiscal do país.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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