Norte e Nordeste sofrem mais com falta de estrutura para atender infectados
O Norte e Nordeste do Brasil registram as menores quantidades de equipamentos necessários para o tratamento do novo coronavírus. De acordo com dados de dezembro de 2019, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (7), as duas regiões têm a menor proporção de leitos de UTI e de respiradores a cada 100 mil habitantes.
Roraima apresenta a pior situação, com apenas quatro leitos para cada 100 mil pessoas até o fim do ano passado. Na sequência, vem Amapá e Acre, com cinco leitos, e Amazonas e Piauí, com sete leitos de UTI para cada 100 mil habitantes.
Entre as unidades federativas mais bem equipadas estão o Distrito Federal, com 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva para cada 100 mil pessoas, seguido por Rio de Janeiro, com 25, Espírito Santo, com 20, São Paulo, 19, e Paraná, com 18.
O IBGE também revelou que, no Brasil, a rede pública de saúde possuí menos da metade dos leitos de UTI disponíveis. Ao todo, o país tinha 31.913 leitos do tipo em dezembro do ano passado, dos quais 15.226 eram do SUS.
O número é pequeno quando se considera que 75% dos brasileiros dependem quase que exclusivamente do Sistema Único de Saúde.
Os números não levam em conta as ações emergenciais adotadas para reforçar o atendimento na pandemia.
Em relação aos respiradores, fundamentais no socorro de pacientes graves, a situação também é mais crítica no Norte e no Nordeste, segundo o IBGE.
O Amapá tinha o cenário mais crítico, com apenas 10 respiradores a cada 100 mil pessoas, seguido pelo Piauí, com 13, Maranhão, também com 13, Alagoas, 15, e Acre, 16.
Entre os estados com maior número de respiradores, estavam novamente Distrito Federal, com 63, Rio de Janeiro, com 42, São Paulo, com 39, Mato Grosso, com 38, e Espírito Santo, com 35.
De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, entre números da rede pública e privada, o Brasil tem atualmente 55.101 mil leitos de UTI e 65.411 mil respiradores.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
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