Nos EUA, Bolsonaro tenta passar mensagem de otimismo em meio à guerra do petróleo

  • Por Jovem Pan
  • 10/03/2020 06h24 - Atualizado em 10/03/2020 08h10
Alan Santos/PR O discurso do presidente brasileiro terminou ovacionado, inclusive, com cunho religioso

Nesta segunda-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro esteve no hotel Hilton, em Miami, para o Brazil-USA Business Relations Seminar — um seminário que contou com cerca de 350 empresários e com autoridades americanos. No evento, foi feita uma mensagem de alinhamento entre o Brasil e a Flórida.

Os valores compartilhados, são os mesmos — endossando o capitalismo e o livre mercado. “Conversei ontem com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e ele falou que, apesar de alguns atritos, a Câmara fará sua parte buscando a melhor reforma administrativa e tributária”, disse o presidente.

Após o pronunciamento, Bolsonaro participou do almoço e foi ao Miami Dade College — onde realizou uma palestra para cerca de 250 pessoas. Foi a primeira vez que um presidente brasileiro conversou diretamente com a comunidade local brasileira.

Nesse segundo encontro ele destacou novamente sua trajetória sem recursos e aproveitou a ocasião para atacar a imprensa. Bolsonaro também declarou que teria vencido no primeiro turno das eleições em 2018, se não fosse algum tipo de fraude nas urnas. Com isso, ele reforça que ainda deseja a volta do voto impresso no Brasil.

Jair Bolsonaro aproveitou a ocasião para desqualificar o pânico excessivo com a questão do coronavírus, que tem dominado a imprensa em todo o mundo e levado governos a tomarem decisões drásticas.

“Os números de hoje nas Bolsas tem a ver com a guerra do petróleo, que despencou — se não me engano — 30%. Tem a questão do coronavírus também, que está sendo superdimensionado. Talvez esteja senod potencializado até por questões econômicas. Mas o Brasil já deu certo.”

O discurso do presidente brasileiro terminou ovacionado, inclusive, com cunho religioso. O evento foi aberto com uma oração e, em vários momentos, ele foi interrompido com gritos de “amém”.

*Com informações do repórter Rodrigo Constantino

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