Nova Política Nacional de Atenção Básica é aprovada mesmo com críticas de entidades

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2017 09h46 - Atualizado em 01/09/2017 11h52
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Profissionais da saúde. Foto: Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens A medida mais polêmica da nova proposta é a mudança no papel dos agentes comunitários de saúde e dos de endemias, que passam a ter funções integradas

Governo aprova portaria que flexibiliza normas da atenção básica na saúde. A Política Nacional de Atenção Básica, chamada de PNAB, é considerada a porta de entrada para o SUS.

A medida mais polêmica da nova proposta é a mudança no papel dos agentes comunitários de saúde e dos de endemias, que passam a ter funções integradas.

Um único profissional deverá fazer ambas as atividades e também aferir pressão, fazer curativos, medir glicemia e realizar ações de vigilância em saúde.

O Ministério da Saúde destaca que vai reforçar a formação e qualificação dos profissionais antes que eles passem a desempenhar as novas atividades.

Algumas entidades têm divulgado notas afirmando que a proposta pode ameaçar a Estratégia de Saúde da Família.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Santos, enxergou riscos na portaria. Ele acredita que há necessidade de mais discussão sobre o tema, para evitar retrocessos no SUS: “as principais consequências vão ser a desestruturação dessa política que é estratégia da saúde e da família diminuindo a qualidade e número de profissionais”.

As cargas horárias também sofrerão mudanças: cada município passa a contratar profissionais por jornadas menores do que as atuais.

O agente comunitário, que era obrigatório no modelo anterior, agora é opcional na equipe de Saúde da Família, conforme a necessidade de cada local.

Unidades de Saúde Básica serão obrigadas a ter um conjunto essencial de atendimento, como consultas de pré-natal, pequenas cirurgias e outros serviços.

A nova proposta quer aumentar a resolutividade da Atenção Básica, que hoje em dia soluciona cerca de 80 por cento dos problemas de saúde da população.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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