Novo entreposto de SP terá hotel, shopping e geração de energia a partir do lixo

  • Por Jovem Pan
  • 04/08/2017 07h28 - Atualizado em 04/08/2017 10h33
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O presidente do Novo Entreposto de São Paulo, Sérgio Benassi, prometeu abrir as portas dos novos pavilhões, com hotel e shopping, até 2021

O projeto do novo entreposto de São Paulo privilegia a iluminação natural, a geração de energia a partir do lixo e a circulação confortável de até 10 mil caminhões por dia. E vai custar R$ 1,5 bilhão para sair do papel.

As novidades, inspiradas em projetos de sucesso de Paris e Barcelona, foram apresentadas nesta quinta-feira (03) a permissionários e convidados.

O evento é um dos últimos passos para o NESP, seguir com o cronograma, que inclui uma longa parte burocrática e financiamentos. O próximo passo é obter as licenças ambientais para iniciar as obras em Perus, na zona norte, no terreno de 1 milhão e 600 mil metros quadrados, nas margens da Rodovia dos Bandeirantes.

O presidente do Novo Entreposto de São Paulo, Sérgio Benassi, prometeu abrir as portas dos novos pavilhões, com hotel e shopping, até 2021. Com ou sem crise: “se o Brasil não sair da crise, o nosso setor vai despontar mesmo com crise”.

A iniciativa já chegou a receber sinalização de apoio financeiro do Governo Federal, dono da área da CEAGESP, que seria desativada. Mas as tratativas não avançaram e o projeto do grupo de comerciantes seguiu de forma independente.

No mês passado, Ministério da Agricultura, Governo do Estado e Prefeitura da capital assinaram um acordo onde concordaram em estudar formas de transferir o maior entreposto do país para outro local dentro da cidade e construir um parque tecnológico no lugar.

O prefeito João Doria é um entusiasta da ideia de desapropriar a área nobre, na Vila Leopoldina. Apesar da simpatia dos órgãos públicos, o presidente do NESP, Sérgio Benassi é cético: “apesar da simpatia que me parece muito clara pelo nosso projeto, eles têm que ser isentos e receber ofertas de outras áreas”.

Segundo Benassi, 200 permissionários devem migrar para o novo entreposto. Ao todo, três mil trabalham hoje na Ceagesp. “Não nos cabe dizer que vai fechar a Ceagesp ou não”, disse.

O grupo de permissionários que se opõe à ideia da mudança diz temer pelos gastos com uma aventura pode não dar certo.

O arquiteto Marcel Monacelli, que divide o projeto com o colega Marcos Vieira, explicou que um grande trunfo do projeto é o planejamento logístico: “localização do empreendimento é primordial porque você tira o fluxo de veículos do centro”.

O novo entreposto funcionará em Perus, a 3 km do Rodoanel Mario Covas e a 14km da Marginal Tietê. A abertura de um novo acesso direto com a Rodovia dos Bandeirantes está em negociação com a Artesp.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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