Novo sistema de pagamento, PIX vai acelerar e baratear transações

  • Por Jovem Pan
  • 20/02/2020 06h30 - Atualizado em 20/02/2020 08h34
Pixabay Moedas A nova modalidade deve aparecer nos aplicativos dos bancos ou fintechs como mais uma opção entre os serviços de transações instantâneas

O Banco Central apresentou nesta quarta-feira (19) um novo sistema de pagamentos instantâneos, chamado de PIX. Na nova modalidade, as transações serão concluídas em até 10 segundos e será possível transferir dinheiro a qualquer momento do dia — incluindo finais de semana.

O serviço entra em operação no dia 16 de novembro, mas a partir de 3 de novembro algumas funções já estarão disponíveis em fase de testes.

No PIX, os depósitos vão sair diretamente da conta de quem paga para o destinatário, sem passar por intermediários. Por isso, o sistema será mais rápido que outras modalidades, como DOC e TED, que dependem das instituições financeiras.

O diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, avalia que, além de mais rápidas, as transações devem ficar mais baratas. “Quando você pensa do ponto de vista do outro lado, do lojista, ele vai receber em 2 segundos de maneira conveniente. Com a competição no mercado, as expectativas são de que os custos se reduzam.”

Por determinação do BC, todas as instituições financeiras com mais de 500 mil contas ativas de clientes serão obrigadas a oferecer o PIX.

Segundo o chefe-adjunto do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Carlos Eduardo Brant, várias transações poderão ser feitas na nova modalidade. “Pagamento de pessoa para pessoa, para empresa, para governo, entre empresas, fornecedores, de governo para pessoas, de governo para empresas.”

Os pagamentos no sistema PIX poderão ser feitos usando QR code, senhas e até mecanismos de por aproximação. A nova modalidade deve aparecer nos aplicativos dos bancos ou fintechs como mais uma opção entre os serviços de transações instantâneas.

Em nota, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) declarou que os bancos colaboraram e apoiam o Banco Central no desenho do novo sistema de pagamentos. Ela disse também que é favorável a medidas que reduzam a necessidade de circulação de dinheiro em espécie, que somente de custo de logística totalizam cerca de R$ 10 bilhões em gastos.

*Com informações do repórter Vitor Brown

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