Novos depoimentos na Lava Jato complicam situação de Bendine

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2017 07h25 - Atualizado em 10/10/2017 08h06
Fotos Públicas Fotos Públicas O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, foi preso em julho, na 42ª fase da Operação Lava Jato

Novos depoimentos prestados nesta segunda-feira (09) complicaram ainda mais a situação do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. As testemunhas foram ouvidas pelo juiz Sérgio Moro.

O agente de viagens Luis Henrique Moura Souza afirmou que fez reservas de passagens aéreas e hospedagem em Nova York em nome do executivo e da esposa dele, Amanda Bendine.

A compra teria sido feita pelo publicitário André Gustavo Vieira da Silva, que é suspeito de operar repasses de propina para Bendine e que foi preso com o ex-presidente da Petrobras, em julho.

O agente de viagens disse que nunca conversou diretamente com Bendine e que todo o serviço foi combinado pelo publicitário: “quem tinha me pedido essa reserva foi André Gustavo. Quando ele me pede alguma coisa eu faço de imediato. Não sei o nome das pessoas que estavam na reserva, mas fiz para Amanda e Aldemir Bendine”.

De acordo com o Ministério Púbico Federal, não foram encontradas notas fiscais ligadas à viagem.

Luis Henrique afirmou que recebeu o pagamento por meio de um portador, enviado pelo publicitário André Gustavo.

Nesta segunda-feira, também foi ouvido o taxista Marcelo Marques Casimiro.

Em junho de 2015, dois dias antes do empresário Marcelo Odebrecht ser preso pela Polícia Federal, ele foi contratado por um publicitário de Recife para ir até um prédio, em São Paulo, receber uma encomenda. Era um pacote com R$ 1 milhão em dinheiro vivo que a construtora pagou como propina para Aldemir Bendine.

O taxista negou qualquer irregularidade no transporte: “ele me ligou e pediu ‘Marcelo, tenho encomenda para receber, você pode receber para mim?’. Eu disse que podia”.

O taxista contou, ainda, que para receber a encomenda, foi obrigado a falar uma senha, repassada antes da viagem pelo publicitário.

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, foi preso em julho, na 42ª fase da Operação Lava Jato. Ele é acusado de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht.

*Informações do repórter Vitor Brown

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