NRA, maior associação de armas dos EUA, pede regulação para acelerador de disparos

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2017 07h47 - Atualizado em 06/10/2017 11h03
EFE/Bill Hughes/Las Vegas News Bureau A Associação Nacional do Rifle, NRA, em inglês, surpreende ao pedir regulação de vendas de acessório usado por atirador de Las Vegas

Associação famosa por defender armas nos Estados Unidos surpreende ao pedir regulação de vendas de acessório usado por atirador de Las Vegas.

A Associação Nacional do Rifle, NRA, em inglês, apoiou restrições na venda de acelerador de disparos, o chamado “bump stock”. O objeto utiliza o recuo provocado pelo disparo para gerar uma sequência, fazendo com que a arma vire praticamente uma metralhadora.

Atualmente, essas peças podem ser compradas livremente nos Estados Unidos por menos de cem dólares.

A entidade sempre foi relutante com mudanças relacionadas a vendas de armas no país, onde a cultura do armamento de cidadãos é forte.

Presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa acredita que a mudança no discurso mostra pressão popular após a tragédia em Nevada: “essa gente está agora sob o impacto do que aconteceu em Las Vegas, que trouxe a estupidez dessa cultura da bala, porque esses crimes tendem a se repetir. Essas armas tendem a se tornar mais violentas, mais eficazes e de mais fácil manuseio”.

Nesta semana, a mesma associação foi criticada pela ex-candidata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, no Twitter. Ela pediu que a política seja colocada de lado para fazer frente à Associação Nacional do Rifle, a fim de evitar massacres como o de Las Vegas.

Os Estados Unidos são o país que mais tem gente armada do mundo inteiro – e os três ataques a tiros com maior número de mortos aconteceram nos últimos dez anos.

O atentado em Las Vegas, que acabou com a morte de mais de cinquenta pessoas, foi o pior da história recente do país.

No Congresso norte americano cresce o apoio para mudança na regulamentação de dispositivos bélicos, até mesmo entre os republicanos, que por décadas rejeitaram qualquer tipo de restrições a armas.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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