Número de famílias em situação de extrema pobreza em SP sobe e chega a 792 mil, aponta CadÚnico
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, entre as famílias que recebem benefícios do governo, 49.562 vivem em situação de rua mas, deste total, apenas 34.700 estão com o cadastro atualizado
O número de famílias que vivem em situação de extrema pobreza na cidade de São Paulo cresceu mais de 10,5% entre julho e dezembro do ano passado, de acordo com os dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). As famílias consideradas em extrema pobreza são aquelas com renda mensal per capta de até R$ 109. De acordo com o comparativo, em julho de 2022, 690.933 famílias estavam nesta situação no município. Em agosto, o volume saltou para mais de 704 mil. No fim de 2022, já eram 760.386 famílias consideradas em extrema pobreza. Até março de 2023, o número chegou a 792 mil famílias. O CadÚnico dá abertura para diversos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), os Benefícios Eventuais, o programa Renda Mínima, do governo municipal, e o Bolsa do Povo e o Vale Gás, do governo estadual. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, entre as pessoas cadastradas no CadÚnico, referentes ao mês de fevereiro, 49.562 famílias vivem em situação de rua. Deste total, apenas 34.700 estão com o cadastro atualizado.
Para que o CadÚnico seja validado, a inserção ou última atualização do sistema, deve ter sido realizada nos últimos dois anos. A Prefeitura destaca que a mudança feita no recorte de extrema pobreza fez com que mais famílias fossem incluídas neste perfil. Por isso, a administração municipal afirma que tem realizado esforços para melhorar a qualidade dos serviços públicos ofertados à população e enfrentar os desafios desafios agravados pela pandemia no atendimento, especialmente daqueles em situação de maior vulnerabilidade social.
*Com informações do repórter David de Tarso
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