Número de mortes de ciclistas no trânsito de São Paulo cresce 55%
O número de ciclistas mortos por acidentes de trânsito na cidade de São Paulo cresceu 55% em relação ao ano passado.De janeiro a outubro desse ano, 31 pessoas perderam a vida enquanto estavam andando de bicicleta na cidade. No mesmo período de 2016 tinham sido 20.
Esse levantamento foi feito pelo Infosiga, uma iniciativa do governo do Estado que monitora as mortes no trânsito.
Paralelo a esse dado existe a diminuição dos óbitos em acidentes envolvendo outros tipos de veículos, ainda de acordo com o levantamento do Infosiga.
Até o mês passado, 746 pessoas morreram no trânsito paulistano. Ainda é um número alto que mostra a violência do tráfego urbano, mas é 6% menor do que o que foi computado nos dez primeiros meses do ano passado.
Para Aline Cavalcante, que faz parte da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo, a Ciclocidade, que é formada por gente que usa a bicicleta no dia a dia, não só no fim de semana, o desrespeito é evidente e a percepção de quem pedala é que a prioridade está invertida: “tem muita coisa para ser feita. Requalificar ruas, dividir melhor o espaço público urbano. Infelizmente hoje o espaço está com mais privilégio para o veículo”.
Após críticas às ciclovias do ex-prefeito Fernando Haddad, o prefeito João Doria disse que iria continuar com o programa de implementação de vias exclusivas para bicicleta, mas só depois de estudos e audiências públicas.
Até agora nada. A prioridade continua sendo para os carros, com o aumento de velocidade nas ruas e o pacote de asfalto novo.
A Secretaria de Mobilidade e Transportes de São Paulo foi procurada, mas não quis gravar entrevista.
*Informações do repórter Caio Rocha
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