Número de mulheres deputadas aumenta 6% na Alesp

Das 94 cadeiras, 25 foram ocupadas por pessoas do gênero feminino nas eleições para o legislativo estadual

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2022 11h29 - Atualizado em 10/10/2022 11h31
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Fachada da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo Fachada da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp)

A bancada feminina da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aumentou em 6%, na comparação com as eleições de 2018. Nos últimos anos a participação de mulheres na política brasileira tem aumentado, e a Alesp tem acompanhado esse movimento. São 94 cadeiras na casa e, em 2014, apenas 11 eram ocupadas por mulheres. Nas eleições seguintes o número foi para 19 e no último pleito subiu para 25. O Partido dos Trabalhadores foi o que mais elegeu mulheres, com cinco parlamentares. Em seguida, está o PSDB, com quatro deputadas. O PL e o PSOL tem três representantes cada. Paula Nunes, da Bancada Feminista do PSOL, foi a mais votada em São Paulo, com 259. 771 votos. A parlamentar faz parte de uma candidatura coletiva, com mais quatro co-deputadas: Carolina Iara, Simone Nascimento, Mariana Souza e Sirlene Maciel. Em entrevista à Jovem Pan News, Simone destacou a importância e a as perspectivas da bancada: “A gente espera, com o legado da atuação política do mandato da bancada feminista na Alesp, junto com os movimentos feministas que nos acompanham, que a gente possa não só avançar na luta das mulheres, garantindo ampliação da rede de combate à violência, a educação anti-machista contra a violência de gênero, acesso a trabalho, educação e saúde, mas também incentivar que outras mulheres que defendem a vida das mulheres se sintam encorajadas de ocupar esse espaço, como nós mulheres negras estamos fazendo agora”.

A deputada Letícia Aguiar (Progrssistas), que defende pautas mais conservadoras, foi reeleita e destacou a relevância da mulher no parlamento: “É importantíssimo saber que a representatividade feminina está crescendo nas casas legislativas. Propondo projetos de lei, proposituras e ações de todos os tipos e, especialmente, para proteger, valorizar e assegurar a todas as mulheres que elas podem estar aonde desejarem, inclusive aqui, na política”. A parlamentar afirma que o combate à violência contra a mulher é uma pauta que deve ser debatida cada vez mais: “Quando a gente fala da proteção da mulher, nós falamos de proteger também a família, de proteger a infância e de proteger uma sociedade de bem. Não é possível a gente ver mais casos de mulheres sendo agredidas e as pessoas não sendo penalizadas por isso”. Nas eleições de 2022, 2.059 pessoas disputaram uma vaga na Alesp, deste montante 677 eram mulheres, o que representa apenas 33% do total.

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