Número de queimadas disparam em SP durante o inverno

Fotos Públicas A combinação de tempo seco e sem chuvas é o ideal para a propagação do fogo, segundo Juliana Resende, meteorologista da Somar

O tempo seco e a estiagem são propícios para o aumento do número de queimadas em áreas urbanas e rurais.

Foram mais de 50 dias sem chuvas significativas em São Paulo e, mesmo com a precipitação dos últimos dias, o alerta é válido.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), nos sete primeiros meses deste ano foram registrados 33.542 incêndios no Brasil, aumento de 38% em comparação ao mesmo período no ano passado.

Essa combinação de tempo seco e sem chuvas é o ideal para a propagação do fogo, segundo Juliana Resende, meteorologista da Somar.

Levantamento da CCR ViaOeste e CCR Rodoanel também mostra aumento do número de queimadas próximas ao Sistema Castello Branco-Raposo Tavares e Trecho Oeste do Rodoanel no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017, devido à estiagem prolongada.

A CCR ViaOeste registrou aumento de 190% de casos de queimadas (de 78 para 148) nas proximidades do Sistema Castello-Raposo. -A CCR Rodoanel aponta número mais grave: aumento de cerca de 340% (de 34 para 116 casos), no Trecho Oeste do Rodoanel.

Dos oito trechos concessionados pela CCR no Brasil, cinco apresentaram alta no número de queimadas nos sete primeiros meses deste ano.

Para minimizar a situação, entre junho e outubro, essas concessionárias reforçam as ações de conscientização para motoristas como parte da Operação Corta Fogo, direcionada pela ARTESP (Agência de Transportes de São Paulo).

Diogo Stiebler, gestor de Tráfego da CCR explica que até mesmo bitucas de cigarros acesas jogadas por motoristas e passageiros podem iniciar um grave incêndio.

A atenção tem que ser redobrada em caso de fumaça na pista. O motorista deve reduzir a velocidade e nunca parar, fechar os vidros e manter distância segura dos veículos à frente. Além de aumentar o risco de acidentes, queimadas às margens das rodovias podem alastrar por matas e florestas causando danos ambientais.

*Informações do repórter Fernando Martins