Número de transplantes sobe 900% em 20 anos no Estado de SP, mas fila ainda é grande

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2017 08h02
Rogério Santana/GERJ Apesar disso, o secretário estadual de saúde de São Paulo, David Uip, reconheceu que existem filas em todos os setores de transplante

Número de transplantes sobe 900% em 20 anos em São Paulo, mas fila de espera por um órgão ainda é de 15 mil pessoas no Estado.

O governo atribui a elevação nos procedimentos a um sistema de centralização das doações instituído em 1997.

Antes, os hospitais que definiam os pacientes que seriam beneficiados; hoje, o fluxo é definido considerando critérios de espera, compatibilidade e gravidade.

Apesar disso, o secretário estadual de saúde de São Paulo, David Uip, reconheceu que existem filas em todos os setores de transplante. “Nós temos filas praticamente em todos os setores de transplante”, disse.

Um levantamento de março da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos aponta que existem mais de quinze mil pessoas aguardando doações no Estado.

O vice-presidente da entidade, Paulo Manuel Pêgo Fernandes, pediu que as famílias e a comunidade médica se conscientizem sobre o tema. “É muito importante que as pessoas doem, porque se nós considerarmos que 50% doa e 50% não, se mais doarem, só aí já diminuímos muito a fila”, disse.

A pedagoga Bárbara dos Santos leva uma vida absolutamente normal com o coração transplantado que bate no peito dela há quase vinte anos.

Tendo sentido na pele o que significa estar na fila para receber um órgão, ela lembrou que qualquer um está sujeito a passar pela mesma situação: “ir para um transplante é questão que sua vida está por um fim, que as pessoas se solidarizem”.

A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos estima que 34 mil pessoas estão na fila esperando uma doação em todo o País.

A entidade afirma ainda que a taxa de não autorização familiar para a doação é de 43% entre potenciais doadores.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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