Nunca autorizamos propaganda em cartilha escolar, diz Doria

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2018 11h08 - Atualizado em 17/05/2018 11h10
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RONALDO SILVA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Depois de dizer que nunca produziu material propagandístico, Doria afirmou: "nem sabia da existência da apostila com esse tipo de pergunta"

O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do Estado, João Doria (PSDB), negou nesta quinta-feira (17) em entrevista à Jovem Pan ter influenciado a produção de apostilas escolares com material de propaganda de seu governo.

Nesta quarta (16), reportagem da TV Globo mostrou que material escolar da Prefeitura continha portaria publicada por Doria e projetos de lei de vereadora e deputada do PSDB.

A Ordem dos Advogados do Brasil considerou que o material didático pode desrespeitar a legislação eleitoral e o princípio da impessoalidade.

Arte mostra trecho de cartilha distribuída pela Prefeitura de São Paulo a alunos de escolas públicas (Foto: Reprodução/TV Globo)

Arte destaca questão em cartilha distribuída pela Prefeitura de São Paulo, sobre portaria que muda os pronomes de tratamento, que cita nominalmente João Doria (Reprodução/TV Globo)

Doria afirmou que a acusação é “totalmente improcedente”. O tucano disse que falou com o secretário municipal de educação do prefeito Bruno Covas, Alexandre Schneider, “para que a própria Secretaria possa desmentir a informação”.

“Nem o Bruno Covas nem eu produzimos qualquer material didático ou não didático, qualquer secretaria, com assinatura pessoal ou vinculação de ordem político-partidária, porque eu sou totalmente contrário a isso”, garantiu Doria.

O ex-prefeito diz, no entanto, desconhecer especificamente os exercícios da apostila do 7º ano.

“Sobre pergunta em apostila, eu pessoalmente desconheço. Não acompanho apostila da secretaria de Educação”, afirmou o tucano.

“Nunca autorizamos, nunca permitimos, nunca estimulamos que isso fosse feito, nem eu nem o Bruno Covas”, disse. Ele reconhece que propaganda política em material escolar “é ilegal” e vê no caso “uma má interpretação”.

Doria diz também não saber se a apostila foi realizada em sua gestão. “Nem sabia da existência da apostila com esse tipo de pergunta”, reiterou.

O material revelado pela Globo também mostra que slogans de programas da cidade como o “Trabalho Novo”, com o dado de realização pela Prefeitura, foram incluídos no material escolar “para discussão”.

Para Doria, “a assinatura de programa é diferente”. Ele cita outros programas de seu governo de um ano e três meses à frente da capital paulista, como “Nossa Creche, Cidade Linda, Doutor Saúde ou Corujão da Saúde”.

Ouça a entrevista completa do prefeito João Doria ao Jornal da Manhã:

Assista também ao comentário mais cedo de Marco Antonio Villa e Joseval Peixoto sobre o caso:

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