‘O grande erro do País é partidarizar a segurança pública’, diz chefe da Casa Civil do Ceará
Os ataques no Ceará começaram na última quarta-feira (02) depois da nomeação de Luís Mauro Albuquerque para comandar a Secretaria de Administração Penitenciária. De la para cá foram mais de 90 atos de violência em ônibus, prédios públicos e privados e mais de 100 pessoas foram presas. Na última sexta (04), a chegada de 300 membros da Força Nacional chegaram na capital Fortaleza para ajudar no combate ao crime.
Somado aos crimes, entrou também a política. O presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter para se posicionar sobre o caso: “Apesar do Governo do estado do Ceará ser do PT e realizar forte oposição a nós, jamais abandonaríamos o povo cearense neste momento de caos”. Em resposta, o governador do Ceará, Camilo Santana, disse que esse não é o momento de politização.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o chefe da Casa Civil do Estado do Ceará, Élcio Batista, disse que “o grande erro do país é partidarizar a segurança pública”, e lembrou que esse não é o desejo da população.
“O Brasil, nos últimos 25 anos, em vez de construir uma política de segurança, se escolheu os policiais e entregou a segurança pública a eles. O Brasil carece de política de segurança pública. O que a população quer é uma política de segurança pública clara, e isso não se faz partidarizando a questão. Período da eleição passou. Uma vez passado, precisa criar consensos, governar e para isso precisa produzir entendimentos”, ressaltou.
Segundo o secretário da Casa Civil, o Estado do Ceará agora possui “mais capacidade de enfrentar o crime organizado do lado de dentro e de fora do sistema prisional”. Élcio Batista lembrou, entretanto, que é necessária a presença do Governo Federal.
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