Objetivo da candidatura avulsa é ‘quebrar monopólio dos caciques políticos’, diz ativista
As recentes polêmicas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e o seu partido, o PSL, reabriram o debate da candidatura independente – também chamada de avulsa. Recentemente, uma audiência pública na Câmara também trouxe o tema para debate entre os parlamentares.
Para o advogado Rodrigo Mezzomo, que é um ativista pelas candidaturas políticas independentes, é extremamente importante que o Brasil adote a prática para “quebrar o monopólio dos caciques políticos”. De acordo com ele, a origem das legendas se deu no século XIX, quando a sociedade era provida de baixa capacidade tecnológica.
“No século XXI a dinâmica se alterou. A estrutura deles é anacrônica, ultrapassada e não condiz mais com a realidade. As manifestações de 2013 estão aí para provar”, lembra Rodrigo.
O ativista reforça que as sigla promovem uma opressão ao indivíduo, cassando a possibilidade dele exercer a cidadania em nome de um coletivo. “O político fica refém da legenda e rompe o laço que foi estabelecido com os eleitores”, ressalta.
Citando a Constituição, o advogado lembra que “todo poder emana do povo e que o poder se exerce pelo intermédio do sufrágio e do voto direto e secreto”. “Isso significa que é o povo que tem que escolher os seus representantes. Não deve existir nenhuma entidade acima do povo capaz de filtrar previamente aqueles que o povo pode escolher.”
Rodrigo Mezzomo também citou que nomes populistas como os do ex-presidente Lula e do ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, que surgiram através de partidos políticos. Segundo ele, “dizer que a legenda tem o condão de filtrar e de estabelecer filtragem dos melhores é algo que não se sustenta”.
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