Objetivo de ação na Amazônia é combater crime ambiental, diz Defesa

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2019 06h38 - Atualizado em 29/08/2019 06h40
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Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Queimadas e desmatamento na Amazônia De acordo com o Ibama, onde as operações estão se concentrando os focos estariam diminuindo, mas isso não significa que não existe mais problema

Presidentes dos países da Amazônia deverão se reunir na cidade de Letícia, na Colômbia, que fica na chamada tríplice fronteira do Brasil, Colômbia e Peru. O local e data do encontro ainda não está confirmado, apesar de anunciada inicialmente pelo presidente Jair Bolsonaro como o dia 6 de setembro.

Porém, o encontro deverá acontecer no início do mês. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (28) aqui em Brasília pelo presidente brasileiro e o presidente do Chile, Sebastian Piñera, no Palácio da Alvorada. Jair Bolsonaro defendeu a necessidade de se definir ações conjuntas para a região.

Nesta quarta, o ministério da Defesa fez um balanço positivo da operação de combate ao fogo na Amazônia que começou na semana passada. Segundo o Ibama, o período de incêndios na região é longo e dura em média dois meses. O trabalho que está sendo feito nesse momento é de tentar conter os focos.

Ainda de acordo com o Ibama, onde as operações estão se concentrando os focos estariam diminuindo, mas isso não significa que não existe mais problema. O subchefe de Operações do ministério da Defesa, vice-almirante Ralph Dias, explicou que nesse primeiro momento a ação é para conter os focos de incêndio mas que também estão sendo apuradas responsabilidades.

A Polícia Federal já instaurou inquérito policial em Altamira, no Pará, para apurar denúncias em torno do Dia do Fogo, quando teriam sido iniciados de forma criminosa incêndios às margens da BR-163. Segundo a Polícia Federal, não há ainda informações desse tipo de ação em outra localidade.

Ajuda internacional

De acordo com o ministério da Defesa, o governo está analisando também várias ofertas de ajuda financeira para combater os incêndios. O presidente Jair Bolsonaro não descarta a ajuda internacional, mas voltou a criticar o posicionamento do presidente da França, Emanuel Macron. De acordo com ele, o presidente francês está levantando a bandeira de defensor do meio ambiente.

O presidente ainda voltou a cobrar a retratação do político francês. Bolsonaro garantiu que a Amazônia não está a venda e reafirmou o discurso de que não se pode aceitar discussões em torno da soberania nacional.

O presidente chileno, Sebastian Piñera, elogiou a atuação do Brasil no combate às queimadas, ofereceu aviões para ajudar no combate ao fogo e, ao ser perguntado sobre a resistência do Brasil em receber ajuda financeira do G7, afirmou que muitos países querem ajudar nesse momento, o que é positivo, mas que cada país é que deve decidir se aceita ou não a ajuda oferecida.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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