Ocupação dos hotéis despenca nas festas e setor vê ‘maior crise da história’
Expectativa é que, com a vacinação e a retomada da economia, 2021 seja um pouco mais favorável
Ruas vazias. Comércio, bares, cinemas e teatros fechados. Poucos carros e pessoas transitando. Um cenário nada convidativo para qualquer visitante. O endurecimento da quarentena em São Paulo no Natal e no Réveillon pegou os empresários de surpresa, segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente, Bruno Omori. “Eles já tinham vendido muitas vezes uma ceia. Imagina uma churrascaria de luxo, uma cantina. E foi proibido de funcionar no momento. Já tinham comprado produtos, contratado colaboradores. E foram pegos de surpresa por uma medida extrema.”
Quem veio, tentou aproveitar um pouco o Parque do Ibirapuera. Jorge veio com a família do Rio de Janeiro para visitar a filha Giovana, de 21 anos, que mudou pra cidade em novembro do ano passado. É a primeira vez deles na cidade, mas não conseguiram nem provar a gastronomia de São Paulo. “Ontem eu sai para comer e tudo fechado. Queria ir em um restaurante, fomos em um delivery e comemos no carro. Não deixei de comemorar. Mas foi esquisito, tudo deserto e fechado. Lá no Rio não está assim.”
O número de turistas esperado para 2020 era de mais de 46 milhões, mas o Estado deve fechar o ano com 27,8 milhões. Em 2019, o Estado recebeu 44 milhões de pessoas vindas de outros lugares. Nos hotéis do Estado, a ocupação também foi baixa. Omori faz um comparativo com 2019. “A taxa de ocupação, por exemplo, no Réveillon foi muito próximo de 100% e esse ano não chega em 70%.” A expectativa é que, com a vacinação e a retomada da economia, 2021 seja um pouco mais favorável para o turismo no Brasil — já que a crise de 2020 é considerada a maior da história.
*Com informações da repórter Mônica Simões
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