Odebrecht pedia doações para formar “caixa 3” de campanhas, dizem empresários à PF

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2018 06h20
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EFE / SEBASTIÃO MOREIRA Fachada da sede da Odebrecht em São Paulo - EFE Nesse esquema de “caixa 3”, segundo a Polícia Federal, os candidatos pediam doações à Odebrecht, e seus executivos procuravam outras empresas para fazer

Os empresários Roberto Lopes e Walter Faria entregaram documentos a Polícia Federal que apontam repasse de cerca de R$ 110 milhões a políticos em uma espécie de “caixa 3” da construtora Odebrecht.

No tradicional “caixa 2” o candidato recebe valores em doação e não declara à Justiça Eleitoral.

Nesse esquema de “caixa 3”, segundo a Polícia Federal, os candidatos pediam doações à Odebrecht, e seus executivos procuravam outras empresas para fazer.

Os dois empresários afirmam que suas empresas doaram para políticos nas eleições de 2010 e 2012 a pedido da empreiteira.

Ao todo, segundo as planilhas entregues em setembro à Polícia Federal, foram 255 doações realizadas nessas campanhas, somando mais de R$ 68 milhões.

A maioria das contribuições foi destinada a diretórios de partidos e a comitês de campanha e algumas foram encaminhadas diretamente aos candidatos.

As investigações prosseguem na Polícia Federal.

*Informações do repórter Fernando Martins

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