Oitava Turma do TRF4 manteve condenação de 34 dos 39 réus considerados culpados por Moro

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2017 06h48 - Atualizado em 15/12/2017 08h49
EFE A maior parte das decisões do TRF4 são ainda mais rigorosas que as tomadas pelo juiz Sérgio Moro

Os desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que vão decidir se ratificam ou não a condenação do ex-presidente Lula, já analisaram e julgaram quase 90% dos processos relativos à Lava Jato que ingressaram na Corte de Porto Alegre desde 2014.

De um total de 893, só 98 estão em tramitação.

São apelações criminais, embargos infringentes e mandados de segurança. Mas a maior parte desses processos é de habeas corpus, envolvendo não só soltura de réus presos como indeferimento de provas, por exemplo. Foram mais de 400 até abril deste ano.

Todas as atenções estão voltadas para a Oitava Turma, que revisa as decisões do juiz federal Sergio Moro, porque é ela que pode determinar a prisão e a inelegibilidade de Lula para 2018 no mês que vem.

João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus, mantiveram condenados até julho deste ano 34 dos 39 réus considerados culpados por Moro.

Apenas cinco haviam sido absolvidos no tribunal. Gebran, Paulsen e Laus são conhecidos pelo perfil “linha-dura”.

A maior parte das decisões do TRF4 são ainda mais rigorosas que as tomadas pelo juiz Sérgio Moro.

Leandro Paulsen é o mais jovem dos três, com 47 anos. Apesar disso, costuma acompanhar os dos outros julgadores – com tendências mais conservadoras.

Victor Luiz dos Santos Laus, de 54 anos é considerado detalhista ao extremo, pontual e é conhecido pelo grande número de pedidos de vista. Conservador, foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

João Pedro Gebran Neto, de 52 anos, foi promotor de Justiça e juiz federal antes de se tornar desembargador federal, nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff em novembro de 2013.

Ele é o relator dos processos da Lava Jato no segundo grau e admite que a rotina de seu gabinete não foi mais a mesma desde 2014, quando o primeiro recurso da operação ingressou no Tribunal.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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