Oitava Turma do TRF4 manteve condenação de 34 dos 39 réus considerados culpados por Moro
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Os desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que vão decidir se ratificam ou não a condenação do ex-presidente Lula, já analisaram e julgaram quase 90% dos processos relativos à Lava Jato que ingressaram na Corte de Porto Alegre desde 2014.
De um total de 893, só 98 estão em tramitação.
São apelações criminais, embargos infringentes e mandados de segurança. Mas a maior parte desses processos é de habeas corpus, envolvendo não só soltura de réus presos como indeferimento de provas, por exemplo. Foram mais de 400 até abril deste ano.
Todas as atenções estão voltadas para a Oitava Turma, que revisa as decisões do juiz federal Sergio Moro, porque é ela que pode determinar a prisão e a inelegibilidade de Lula para 2018 no mês que vem.
João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus, mantiveram condenados até julho deste ano 34 dos 39 réus considerados culpados por Moro.
Apenas cinco haviam sido absolvidos no tribunal. Gebran, Paulsen e Laus são conhecidos pelo perfil “linha-dura”.
A maior parte das decisões do TRF4 são ainda mais rigorosas que as tomadas pelo juiz Sérgio Moro.
Leandro Paulsen é o mais jovem dos três, com 47 anos. Apesar disso, costuma acompanhar os dos outros julgadores – com tendências mais conservadoras.
Victor Luiz dos Santos Laus, de 54 anos é considerado detalhista ao extremo, pontual e é conhecido pelo grande número de pedidos de vista. Conservador, foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
João Pedro Gebran Neto, de 52 anos, foi promotor de Justiça e juiz federal antes de se tornar desembargador federal, nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff em novembro de 2013.
Ele é o relator dos processos da Lava Jato no segundo grau e admite que a rotina de seu gabinete não foi mais a mesma desde 2014, quando o primeiro recurso da operação ingressou no Tribunal.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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