Onyx: Nunca foi interesse do presidente monitorar ou ter grau de influência na PF

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2020 10h38 - Atualizado em 05/05/2020 10h57
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo Onyx aproveitou a ocasião e disse que a tensão entre o parlamento e o governo é normal e lembrou que "isso faz parte da democracia"

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, classificou como “maluquice” a teoria de que o presidente Jair Bolsonaro teria interesse em interferir na Polícia Federal. As acusações foram feitas pelo ex-ministro Sergio Moro em seu discurso de demissão no dia 24 de abril.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Lorenzoni disse que, durante o tempo que ficou na Casa Civil, esteve com todos os ministros nas conversas com o presidente. “Nesse período eu vi Bolsonaro dar total autonomia para montagem de equipe. Sempre foi assim.”

“A Polícia Federal tem força interna e alta qualidade de profissionais. Ela nunca se curvou por governo algum, nunca vi governo que conseguisse doutriná-la. Ela continuará absolutamente independente e autônoma para fazer seu trabalho. Nunca foi interesse do presidente monitorar ou ter grau de influência na PF”, declarou.

Onyx aproveitou a ocasião e disse que a tensão entre o parlamento e o governo é normal e lembrou que “isso faz parte da democracia”. “A tripartição dos poderes não significa que trabalhamos lado a lado, não significa que nadamos em um lago. O mar é sempre revolto.”

Ele lembrou que em 2010, no primeiro governo de Dilma Rousseff, apenas 80 parlamentares formavam a menor bancada da oposição desde 1950. “Mesmo assim a gente criou contenciosos e enfrentamentos. É uma característica do poder Legislativo com o Executivo mesmo em democracias mais sólidas, faz parte do processo.”

O ministro lembrou que Jair Bolsonaro está “em um processo disruptivo” e que a sociedade brasileira fez uma escolha ao renegar e abandonar o discurso da esquerda latino americana e mundial.

“Queriam um presidente com valores e expectativas de esperança. No plano de governo do Bolsonaro está escrito ‘constitucional, eficiente e fraterno’ então não há porque criar embates ou falar em participações antidemocráticas”, explicou.

“Não podemos esquecer que esse é um ano eleitoral, que estamos diante de uma pandemia e em menos de um mês já pagamos mais de uma Argentina em auxílio emergencial. Não tenho nenhuma dúvida de que o Brasil vai se recuperar rapidamente.”

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