Operação no terminal de cargas Fernão Dias: Autoridades apuram participação de agentes públicos
O Ministério Público e a Corregedoria da PM investigam a participação de policiais militares na administração de um estacionamento clandestino de caminhões.
O espaço de 68 mil metros quadrados na Zona Norte da capital paulista tinha uma movimentação financeira de cerca de R$ 1 milhão, segundo o MP. A área era ocupada irregularmente; na verdade se trata de uma série de ruas públicas que foram fechadas com o uso de barreiras de pedra e concreto.
O estacionamento foi desmobilizado nesta quinta-feira (29), nas ações da Operação Terrão, que mobilizou 270 agentes da PRF de todo o país. As investigações duraram um ano e meio no espaço localizado às margens da rodovia Fernão Dias.
O promotor Frederico Vieira Silvério da Silva explicou que uma empresa foi constituída para administrar o estacionamento clandestino, com indício de atuação de crime organizado.
A operação contou com o auxílio de militares do Exército. Com o uso de caminhões e retroescavadeiras, eles removeram as barreiras que os criminosos colocavam para delimitar a área do estacionamento clandestino.
As investigações começaram apurando a cobrança irregular dos caminhoneiros que paravam os veículos no espaço.
O porta-voz da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Ricardo de Paula, explicou que diversos outros crimes foram detectados ao longo do tempo.
O espaço clandestino fica ao lado do terminal de cargas Fernão Dias, que não dispõe de local para a permanência dos veículos por longos períodos.
O motorista Robin Ruthes disse que não sabia que o estacionamento era irregular. A área do estacionamento clandestino é pública, pertence à Prefeitura de São Paulo. O prefeito Bruno Covas disse nesta quinta-feira que a área pode ser utilizada para projetos habitacionais.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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