Operadores de turismo querem mudanças na lei para evitar prejuízos aos viajantes

  • Por Jovem Pan
  • 27/01/2020 09h15
Reprodução/CNN Avião fez rasantes sobre lago antes de cair em Seattle Na Austrália, por exemplo, a Justiça concluiu que a plataforma Trivago exibe as ofertas que geram comissões mais altas para o site e não os preços mais vantajosos

O setor de turismo é um expressivo balizador, uma espécie de termômetro para avaliar se a situação econômica do país vai bem ou vai mal.

A projeção para 2020 é bem melhor que dos últimos anos em diversos segmentos: aéreo, hospedagens, locações, serviços, entre outros — mas fica sempre aquela preocupação do cliente se o que foi contratado será entregue e se o que foi oferecido muitas vezes através de fotos bate com a realidade.

Em São Paulo, o Procon multou a Decolar por infringir a lei. Na Austrália, a Justiça concluiu que a plataforma Trivago exibe as ofertas que geram comissões mais altas para o site e não os preços mais vantajosos.

Muitos se recordam também do passado recente em que a Avianca Brasil, em recuperação judicial, deixou muita gente mesmo com a passagem aérea em mãos, no chão. Resultado: prejuízos imensuráveis.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas, Gervasio Tanabe é preciso que seja criado um mecanismo regulatório para assegurar proteção a todos os agentes da cadeia numa eventual falência ou mera suspensão de operações das companhias aéreas.

“Passageiros que não puderam voar, agências de viagens ou operadoras que tiveram que assumir boa parte dessas despesas. Entendemos que o governo deva buscar alguma forma de proteger todo esse ecossistema do turismo.”

O ex-secretário nacional do Consumidor, Arthur Rollo avalia que é papel dos órgãos reguladores e governamentais acompanharem de perto a situação das empresas para que os chamados calotes sejam evitados.

“A Anac tem toda condição de acompanhar a saúde financeira dessa empresas a exemplo do que aconteceu com a Avianca. Isso poderia ter evitado que mais consumidores tivessem prejuízos.”

O fato é que garantir a entrega é crucial, porém nem sempre este quesito é respeitado pelas empresas. Sobre os clientes, fica sempre aquela perspectiva de que tudo corra dentro dos conformes e as companhias tem o papel de garantir um pós-venda mais seguro.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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