Oposição ainda não tem tática definida para votação de denúncia contra Temer no plenário
A oposição ainda não definiu como vai se comportar nesta quarta-feira (02), na sessão que pode votar a denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara. Alguns deputados do PT e do PC do B indicaram nos últimos dias que esses partidos podem contribuir para que se alcance o quórum mínimo de votação.
Serão necessários 342 presentes no plenário. Já nesta segunda-feira (31), o líder do PT, deputado Carlos Zarattini, começou a mudar o tom do discurso. Ele disse que os partidos vão se reunir nesta terça para definir qual a melhor tática: “vamos primeiro conversar com os partidos da oposição, de modo a buscar tática comum a todos. Depois, na própria bancada do PT vamos afinar a tática de como faremos para avançar”.
Já parlamentares da Rede e do PSOL defendem que opositores não registrem presença para forçar o Governo a colocar 342 no plenário. O deputado Alessandro Molon, da Rede, disse que dar quórum é fazer o jogo do Planalto: “o que não pode é ter gente da oposição fazendo jogo que interessa ao Governo, registrando a presença cedo, contribuindo para sessão esvaziada que facilite o enterro da denúncia. Isso é o contrário do que o Brasil quer”.
O Governo tenta reunir o número mínimo para começar a votar porque sabe que possui os votos para afastar a denúncia. Hoje, os partidos da base aliada, juntos têm 380 deputados.
Para o deputado Beto Mansur, do PRB, mesmo os que estiverem a favor da denúncia deveriam registrar presença: “eu defendo que se vão votar a favor da continuidade da denúncia que também, como a oposição, compareçam no plenário na quarta-feira, marquem presença e se posicionem, votem, a favor ou contra”.
Nesta terça-feira, o relatório vencedor na CCJ, do deputado Paulo ABI-Ackel, do PSDB, deve ser lido no plenário da Câmara. O parecer pede o afastamento da denúncia.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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