Oposição entra com mandado de segurança no STF para anular trocas na CCJ
Parlamentares de oposição entraram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para anular as trocas de membros na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A ação pede que os deputados retirados desde o dia 26 de junho sejam recolocados. Assim, a CCJ voltaria para a composição original.
Só nos últimos dois dias, partidos da base aliada, como PR, PMDB, PTB e PSD, trocaram nove titulares. O objetivo foi retirar deputados que apoiam a aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer e colocar defensores do Governo. Assim, o Planalto garante maioria para derrotar o parecer do relator Sérgio Zveiter no colegiado. O relatório desfavorece Temer.
As trocas são permitidas pelo regimento da Câmara. O líder de cada partido tem direito a fazer quantas substituições quiser antes de uma votação.
O presidente da Comissão, deputado Rodrigo Pacheco, do PMDB, é contra as mudanças: “a minha posição pessoal é de que isso fere a independência da CCJ, fere a autonomia dos parlamentares e é algo inadequado e criticável sob o ponto de vista ético”.
As discussões sobre a denúncia na CCJ começam nesta quarta-feira (12). Todos os 123 membros da Comissão, entre titulares e suplentes, poderão falar, além de outros quarenta parlamentares e dos líderes dos partidos.
Temendo que os debates se alonguem e invadam o recesso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pede pressa: “faço apelo para que a gente possa avançar na votação do parecer, no prazo mínimo que foi acordado”.
O período de recesso começa na terça-feira (17). Independentemente do resultado da CCJ, a votação vai para o plenário.
*Informações do repórter Levy Guimarães
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.