Oposição insiste em CPI de 8 de janeiro apesar da pressão realizada pelo governo

Planalto negocia retirada de assinaturas parlamentares no requerimento que pede a criação da comissão parlamentar de inquérito; ação visa investigar ações dos invasores que depredaram a sede dos Três Poderes

  • Por Jovem Pan
  • 12/03/2023 08h30 - Atualizado em 12/03/2023 15h01
Sérgio Lima/AFP - 08/01/2023 Um policial militar cai de seu cavalo durante confrontos manifestantes após uma invasão ao Palácio Presidencial do Planalto Um policial militar cai de seu cavalo durante confrontos com manifestantes após as invasões do 8 de Janeiro

O governo federal tem enfrentado dificuldades para conseguir retirar assinaturas da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que visa investigar as invasões aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. Antes da sessão do Congresso onde as duas casas se encontram, apesar da sessão não ter sido agendada, a ação tem incomodado o governo federal e articulações estão acontecendo nas últimas semanas na tentativa de reduzir o número de assinantes, já que o número necessário para sua instalação foi alcançado. Diante disso, o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, tem sido nomeado através do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o interlocutor que irá conversar com os novos deputados e senadores que foram eleitos recentemente no Congresso Nacional. É o que o governo necessita fazer neste momento, já que não é interesse do Palácio do Planalto investigar, lá no Congresso, as ações daquele emblemático 8 de janeiro que invadiram o Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal, Câmara dos Deputados e Senado Federal. Nomes da oposição chegaram a confidenciar que foram até o Palácio do Planalto após convite e receberam uma espécie de “ameaça” para que as assinaturas fossem retiradas. Caso permanecesse, o repasse de verbas aos parlamentares para atender seus Estados e regiões seria dificultado. O governo federal argumenta que uma CPMI, neste momento, atrasaria os planos do Planalto para coloca em prática sua agenda política e econômica. Até o momento, a CPMI não foi instalada no Congresso Nacional.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro

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